Aqui voce ve as biografias de grandes personalidades do mundo. Desde a antiguidade ate a idade comtemporanea.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Che Guevara

Ernesto Guevara de la Serna nasce na cidade argentina de Rosário no dia 14 de junho de 1928, no seio de uma família aristocrática porém de idéias socialistas. Desde pequeno sofre ataques de asma e por essa razão em 1932 se muda para as serras de Córdoba. Estudou grande parte do ensino fundamental em casa com sua mãe. Na biblioteca de sua casa havia obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou em sua adolescência.

Em 1947 Ernesto entra na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, motivado em primeiro lugar por sua própria doença e desenvolvendo logo um especial interesse pela lepra. Durante 1952, realiza uma longa jornada pela América Latina, junto com seu amigo Alberto Granados, percorrendo o sul da Argentina, o Chile, o Peru, a Colômbia e a Venezuela. Observam, se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Ernesto regressa a Buenos Aires decidido a terminar o curso e no dia 12 de julho de 1953 recebe o título de médico.

Em julho de 1953, inicia sua segunda viagem pela América Latina. Nessa oportunidade visita Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Ao visitar as minas de cobre, as povoações indígenas e os leprosários, Ernesto dá mostras de seu profundo humanismo, vai crescendo e agigantando seu modo revolucionário de pensar e seu firme antiimperialismo. Na Guatemala conhece Hilda Gadea, com quem se casa e de cuja união nasce sua primeira filha.


Convencido de que a revolução era a única solução possível para acabar com as injustiças sociais existentes na América Latina, em 1954 Guevara marcha rumo ao México, onde se une ao movimento integrado por revolucionários cubanos seguidores de Fidel Castro. Foi aí onde ele ganhou o apelido de "Che", por seu jeito argentino de falar.

A fins da década de 1950, quando Fidel e os guerrilheiros invadem Cuba, Che os acompanha, primeiro como doutor e logo assumindo o comando do exército revolucionário. Finalmente, no dia 31 de dezembro de 1958, cai o ditador cubano Fulgencio Batista.

Após o triunfo da Revolução, Che Guevara se transforma na mão direita de Fidel Castro no novo governo de Cuba. É nomeado Ministro da Indústria e posteriormente Presidente do Banco Nacional. Desempenha simultaneamente outras tarefas diversas, de caráter militar, político e diplomático. Em 1959 casa-se, em segundas núpcias, com sua companheira de luta, Aleida March de la Torre, com quem terá mais quatro filhos. Visitam juntos vários países comunistas da Europa Oriental e da Ásia.

Oposto energicamente à influência norte-americana no Terceiro Mundo, a presença de Guevara foi decisiva na configuração do regime de Fidel e na aproximação cubana ao bloco comunista, abandonando os tradicionais laços que tinham unido Cuba e Estados Unidos.

Em 1962, após uma conferência no Uruguai, volta à Argentina e também visita o Brasil. Che Guevara esteve ainda em vários países africanos, principalmente no Congo. Lá lutou junto com os revolucionários antibelgas, levando uma força de 120 cubanos. Depois de muitas batalhas, terminaram derrotados e no outono de 1965 ele pediu a Fidel que retirasse a ajuda cubana.

Desde então, Che deixou de aparecer em atividades públicas. Sua missão como embaixador das idéias da Revolução Cubana tinha chegado ao fim. Em 1966, junto a Fidel, prepara uma nova missão na Bolívia, como líder dos camponeses e mineiros contrários ao governo militar. A tentativa acabou significando sua captura e posterior execução no dia 9 de outubro de 1967. Os restos do Che descansam no mausoléu da Praça Ernesto Che Guevara em Santa Clara, Cuba.

João Café Filho

Político potiguar (3/2/1899-20/2/1970). Ocupa a Presidência da República após o suicídio de Getúlio Vargas, em agosto de 1954, e fica no poder até novembro de 1955. João Café Filho nasce em Natal, filho de um senhor de engenho falido. Trabalha como comerciário para estudar direito na Academia de Ciências Jurídicas e Comerciais do Recife.

De volta a Natal, passa em um concurso público para procurador da Justiça e põe em prática sua posição contrária à oligarquia local, defendendo trabalhadores humildes. Torna-se alvo de ataques das elites e chega a ser preso durante uma greve de trabalhadores em 1923. Entra para a política depois de participar da Revolução de 1930.

Elege-se deputado federal em 1934 e exerce o mandato até a instauração do Estado Novo, em 1937. Em 1945, com a redemocratização, é novamente eleito para a Câmara dos Deputados e integra a bancada da oposição, assumindo posições esquerdistas.

Café Filho Em 1950, por imposição do governador de São Paulo, Adhemar de Barros, participa da chapa de Getúlio Vargas como vice-presidente.

Chega a propor a própria renúncia e a do presidente como solução para a crise política de 1954. Com o suicídio de Vargas, em agosto do mesmo ano, assume a Presidência. Entrega o cargo a Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, em novembro do ano seguinte. Em 1961 é nomeado pelo governador Carlos Lacerda ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara. Morre no Rio de Janeiro.

Carlos Luz

Carlos Luz nasceu no dia 4 de agosto de 1894, em Três Corações, Minas Gerais. Ingressou na política como vereador na cidade mineira de Leopoldina, sendo eleito prefeito no período de 1923 a 1932.

Participou do governo federal a partir de 1932, quando assumiu a Secretaria da Agricultura, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais, cargo que exerceu até 1933, quando passou a comandar a secretaria do Interior do mesmo Estado até 1935.

Foi eleito deputado federal pelo PP (Partido Progressista) (1935-1937) e convidado para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro de 1939 a 1946. Não chegou a assumir o cargo de deputado federal para o qual foi eleito pelo PSD (Partido Social Democrático) porque foi nomeado para assumir o ministério da Justiça e Negócios Interiores, em 1946, no governo de Café Filho. Após sua substituição no cargo de ministro, reassumiu como deputado federal e foi reeleito pelo mesmo partido por mais dois mandatos (1947-1961).

Assumiu a presidência da República em 8 de novembro de 1955, quando Café Filho foi afastado em virtude de um movimento político. De acordo com a Constituição de 1946, caberia ao presidente da Câmara dos Deputados, cargo exercido por Carlos Luz, o poder do país na ausência do presidente e vice-presidente.

Carlos Luz permaneceu apenas dois dias no comando do país. Foi deposto no dia 11 de novembro pelo golpe militar liderado pelo então ministro da Guerra, general Lott. Atribuíram a deposição de Carlos Luz a manobras políticas para impedir a posse de Juscelino Kubitschek, eleito presidente.

O Congresso Nacional proibiu Carlos Luz de permanecer no poder e designou Nereu Ramos, então presidente do Senado, para assumir a presidência até a posse de Kubitschek.

Faleceu no Rio de Janeiro em 9 de fevereiro de 1961.

Eurico Gaspar Dutra

Eurico Gaspar Dutra nasceu em Cuiabá, no Mato Grosso, em 18 de junho de 1883, filho de José Florêncio Dutra, comerciante modesto e ex-combatente na Guerra do Paraguai. Militar, foi eleito presidente da República em 31 de janeiro de 1946, por uma coligação partidária formada pelo PSD (Partido Social Democrático) e pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), com o apoio do ex-ditador Getúlio Vargas, de quem fora Ministro da Guerra por nove anos.

Seu governo promoveu a abertura democrática, mas manteve restrições aos direitos dos trabalhadores. Por pressão das oligarquias industriais, foi instituído o congelamento do salário-mínimo, o que gerou uma série de greves dos trabalhadores. Sob a justificativa de fazerem parte de movimentos comunistas, o Estado interveio em mais de 100 sindicatos e colocou o PCB (Partido Comunista Brasileiro) na ilegalidade.

Dutra deixou a presidência em 1951 e, três anos depois, participou da conspiração que derrubou o governo democrático de Vargas. Em 1964, apoiou o golpe militar que depôs o presidente João Goulart e manteve expectativa de voltar à presidência. Morreu no Rio de janeiro em 11 de junho de 1974.

Getúlio Dornelles Vargas

Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. De origem gaúcha (nasceu na cidade de São Borja), Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.

Revolução de 1930 e entrada no poder

Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário , esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.

Realizações

Vargas criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu muito na área de infra-estrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE ( Instituto brasileiro de Geografia e estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.

O Segundo Mandato

Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do " Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás.

O suicídio de Vargas

Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história : "Deixo a vida para entrar na História." Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.

Conclusão

Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

Augusto Tasso Fragoso

Augusto Tasso Fragoso nasceu no dia 28 de janeiro de 1869 em São Luís, capital maranhense. Militar, participou da junta governativa composta também pelo general Mena Barreto e pelo almirante Isaías de Noronha, que liderou a Revolução de 30 depondo o então presidente Washington Luís.

Os três militares ficaram no comando do país por poucos dias, de 24 de outubro a 2 de novembro de 1930, quando foram obrigados a entregar o poder a Getúlio Vargas, que assumiu a presidência em 3 de novembro de 1930 com o apoio popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Fragoso faleceu em 20 de setembro de 1945, no Rio de Janeiro.

Isaías de Noronha

Isaías de Noronha nasceu na capital do Rio de Janeiro no dia 6 de julho de 1873. Militar, participou da junta governativa composta também pelo general Augusto Fragoso e pelo almirante Isaías de Noronha, que liderou a Revolução de 30 depondo o então presidente Washington Luís.

Os três militares ficaram no comando do país por poucos dias, de 24 de outubro a 2 de novembro de 1930, quando foram obrigados a entregar o poder a Getúlio Vargas, que assumiu a presidência em 3 de novembro de 1930 com o apoio popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1963.

Júlio Prestes

Júlio Prestes foi um presidente eleito do Brasil , mas que nunca tomou posse. Nasceu em 15 de março de 1882, em Itapetininga, estado de São Paulo; e faleceu em 9 de fevereiro de 1946, na capital paulista.

Nos estudos formou-se em bacharelado de Direito pela Faculdade de São Paulo em 1906. Filho de político, coronel Fernando Prestes de Albuquerque, que já havia sido deputado e presidente de estado.

O seu pai o incentivou a ingressar na política, elegendo-se deputado estadual em 1909. Foi eleito governador do Estado de São Paulo em 1927.Como governador iniciou a construção da estação São Paulo da Estrada de Ferro Sorocabana, batizada em sua homenagem de Estação Júlio Prestes.

Júlio PrestesEm 1929, foi indicado por Washington Luís à sucessão presidencial, candidatou-se à presidência em 1930. A indicação desagradou Minas Gerais, pois era esperado a indicação de um político mineiro para manter a alternância de poder entre São Paulo e Minas.

Foi vencedor nas urnas, recebido como presidente eleito em Washington, Paris e Londres, mas não assumiu em virtude da Revolução de 30, que abriria portas para Getúlio Vargas.

Em virtude da Revolução, Júlio Prestes entregou o poder a Getúlio Vargas no dia 3 de novembro, e pela pressão política, solicitou asilo político no consulado britânico. Viveu exilado até 1934, quando retornou ao Brasil, passou a trabalhar no cultivo de algodão na cidade de Itapetininga.

Em 1945, voltou às atividades políticas ao fundar a União Democrática Nacional (UDN), tornando-se membro da comissão diretora do partido.

Menna Barreto

Menna Barreto nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no dia 30 de julho de 1874.

Militar, participou da junta governativa composta também pelo general Mena Barreto e pelo almirante Isaías de Noronha, que liderou a Revolução de 30 depondo o então presidente Washington Luís. Os três militares ficaram no comando do país por poucos dias, de 24 de outubro a 2 de novembro de 1930, quando foram obrigados a entregar o poder a Getúlio Vargas, que assumiu a presidência em 3 de novembro de 1930, com o apoio popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 25 de março de 1933.

Epitacio Pessoa

Filho do Tenente-Coronel José da Silva Pessoa e D. Henriqueta Barbosa de Lucena, nasceu na cidade do Umbuzeiro, Província da Paraíba do Norte, em 23 de maio de 1865.

Órfão de pai e mãe aos oito anos de idade, estudou com dificuldade e por força da ajuda do Tesouro Provincial de Pernambuco, terminou com brilhantismo o curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife, em 13 de novembro de 1886.

Iniciou-se sua carreira como Promotor interino de Bom Jardim, na Província de Pernambuco, foi promovido a Promotor efetivo em 18 de fevereiro de 1887, cargo de que se exonerou em junho de 1889. Aceitou convite para exercer a Secretaria de Governo da Paraíba, assumindo-a em 21 de dezembro de 1889. Elegeu-se no ano seguinte, Deputado à Constituinte por este Estado e, em 1891, foi nomeado pelo decreto de 23 de fevereiro, lente catedrático da Faculdade de Direito do Recife. Em 15 de novembro de 1898, foi nomeado Ministro da Justiça e Negócios Interiores no Governo de Campos Salles, cargo de que se exonerou, a pedido, em 6 de agosto de 1901.

Em 25 de janeiro de 1902, para preencher vaga ocorrida com o falecimento do Barão de Franco, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal e, em 7 de junho do mesmo ano, foi nomeado Procurador-Geral da República, oportunidade em que escreveu monografia sobre a propriedade dos terrenos de Marinha, reputado o melhor trabalho existente sobre a matéria. Exonerou-se, a pedido, em 21 de outubro de 1905.

Elaborou o Código de Direito Internacional Público, em 1909, a convite do Barão do Rio Branco.

Eleito Presidente da República, tomou posse a 28 de julho de 1919 cumprindo o mandato do anterior, que faleceu, terminando-o a 15 de novembro de 1922.

Homem talentoso, ilustrado, de vasta cultura, publicou notáveis trabalhos e exerceu cargos em congressos internacionais até ser proclamado membro titular da Corte Permanente de Justiça Internacional, em 10 de setembro de 1923.

Recebeu inúmeros títulos e condecorações de vários países em reconhecimento a seu altíssimo saber jurídico.

Washington Luís Pereira de Souza

Washington Luís Pereira de Souza nasceu em 26 de outubro de 1869 em Macaé, no Rio de Janeiro. Filho de família prestigiada no Império, estudou no Colégio Pedro 2º, no Rio de Janeiro, e formou-se em direito em São Paulo. Nomeado promotor público do município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, renunciou ao cargo para dedicar-se à advocacia em Batatais, no interior de São Paulo.

Foi eleito vereador em 1897 e prefeito da cidade de Batatais em 1898. Em 1900, casou-se com Sofia de Oliveira Barros, filha de um cafeicultor de Piracicaba, união que reforçou sua ligação com a oligarquia paulista. Com o apoio dela, foi eleito prefeito da capital em 1914 e governador do Estado em 1920, quando proferiu sua famosa frase "Governar é abrir estradas". Investiu na modernização da infra-estrutura de transportes, construindo 1.326 quilômetros de novas estradas no Estado de São Paulo.

Assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1926. Encontrou a economia em crise de endividamento interno e externo e de retração das exportações, em parte provocada pela crise econômica mundial.

Foi deposto pela Revolução de 1930, em outubro daquele ano. Viveu os 17 anos seguintes exilado na Europa e nos Estados Unidos e, em 1947, voltou ao Brasil. Historiador e membro da Academia Paulista de Letras, escreveu livros e ensaios sobre a história brasileira. Morreu em São Paulo, em 4 de agosto de 1957.

Hermes da Fonseca

Hermes Rodrigues da Fonseca nasceu no dia 9 de maio de 1855 na cidade de São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Sobrinho do primeiro presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, Hermes também era militar e estudou na Escola Militar, onde teve aulas com Benjamim Constant. Quando seu tio proclamou a República brasileira, era capitão ajudante-de-ordem e participou da causa desde 1878, como um dos fundadores do Clube Republicano do Circuito Militar, responsável pela articulação do movimento que derrubou a monarquia.

De 1899 a 1904, comandou a Brigada Policial do Rio de Janeiro. Foi comandante da Escola Preparatória e Tática do Realengo quando chegou a marechal, em 1906, nomeado pelo presidente Rodrigues Alves. Indicado para o cargo de ministro da Guerra do governo Affonso Penna, reorganizou o Exército e introduziu o serviço militar obrigatório em 1908.

Foi eleito presidente em 1910, com o apoio dos conservadores. No governo, praticou uma política chamada por ele de salvacionista, que tinha como objetivo recuperar para os militares a influência já exercida anteriormente na esfera pública brasileira. Em 1913, aos 58 anos e ainda na presidência, casou-se com Nair de Teffé, de 27 anos e filha do almirante Antônio Luís Hoonholtz, o barão de Teffé.

Quando deixou o poder, em 1914, Hermes da Fonseca envolveu-se em diversos incidentes políticos, entre eles a Revolta do Forte de Copacabana (1922), que o levou à prisão por seis meses. Libertado, retirou-se para Petrópolis, onde morreu poucos meses depois, em setembro de 1923.

Delfim Moreira da Costa Ribeiro

Delfim Moreira da Costa Ribeiro nasceu em 7 de novembro de 1868 no município de Cristina, em Minas Gerais e estudou no seminário de Mariana. Pertenceu à geração dos republicanos históricos, formados em 1890 na Faculdade de Direito de São Paulo.

Começou a carreira como promotor público nas cidades mineiras de Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre. Ingressou na política como vereador e, em seguida, foi eleito deputado estadual de 1894 a 1902. No governo de Francisco Antônio Sales, assumiu a Secretaria do Interior de seu Estado. Chegou à Câmara Federal em 1908, mas renunciou no ano seguinte para voltar à secretaria.

De 1914 a 1918, ocupou o cargo de presidente (equivalente atualmente a governador) de Minas Gerais. Eleito vice-presidente da República para o mandato de 1918 a 1922, chegou à presidência em novembro de 1918 no lugar do titular Rodrigues Alves, que morreu vítima da gripe espanhola.

Delfim Moreira assumiu o cargo mas, também com problemas de saúde, delegou a maioria de suas funções ao titular da pasta da Viação, Francisco de Melo Franco. Em maio, Delfim Moreira presidiu as eleições para a escolha de um novo mandatário. Dois meses depois, entregou o governo a Epitácio Pessoa, então chefe da delegação do Brasil na Conferência de Paz de Versalhes, na França, que oficializou o fim da 1ª Guerra Mundial.

Sua eleição para a presidência da República deu continuidade à República do Café-com-leite, pela qual São Paulo e Minas Gerais garantiam para seus políticos o exercício alternado da presidência da República. Morreu em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, em 1920.

Rodrigues Alves

Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu no dia 7 de julho de 1848 na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo. Filho de portugueses, ricos proprietários de terra, foi o terceiro de 13 filhos e o único a estudar na corte. No Colégio Pedro II, considerado o melhor de Lisboa, foi colega de classe de Joaquim Nabuco e teve aula de história com Joaquim Manoel de Macedo. Durante os seis anos de curso, foi considerado o primeiro aluno da classe por cinco vezes. Formou-se em direito em São Paulo antes de ingressar na vida pública, em 1872, como deputado provincial pelo Partido Conservador.

Em 1887 chegou a presidente da província de São Paulo (o equivalente ao governador), cargo que voltaria a ocupar em 1900 e 1916. Após a Proclamação da República, foi deputado constituinte, em 1890, e ministro da Fazenda duas vezes no governo de Floriano Peixoto e no de Prudente de Morais. Eleito presidente da república em 1902, deu continuidade à política de valorização do cultivo do café que vinha sendo adotada no Brasil.

Durante sua gestão, Rodrigues Alves manteve as finanças do país, construiu estradas de ferro e portos. Teve como proposta implementar a reurbanização e saneamento do Rio de Janeiro, mas enfrentou problemas após uma epidemia de varíola que atingiu a população. A fim de combater a doença, instituiu uma campanha de vacinação obrigatória. A medida, porém, gerou revolta junto à população que considerou o ato autoritário por não ter recebido esclarecimento prévio. A rebelião popular ficou conhecida como Revolta da Vacina, em 1904, e enfraqueceu a imagem do presidente.

Voltou a ser eleito novamente para presidente em 1918, mas não chegou a tomar posse por ter contraído a gripe espanhola. Morreu no dia 16 de janeiro de 1919, no Rio de Janeiro.

Nilo Peçanha

A trajetória política de Nilo Peçanha apresenta em si as várias transformações que marcam a transição do Império para a República Oligárquica. Em 1890, desponta como político ao vencer as eleições para a Assembleia Constituinte daquele mesmo ano. Logo em seguida, aproveitando de sua habilidade, consegue se eleger como senador e presidente do Estado do Rio de Janeiro. No ano de 1906, participa ativamente das discussões em favor da criação do Convênio de Taubaté.

Assumindo lugar junto aos oligarcas, Nilo Peçanha alcança seu auge ao se eleger vice na chapa do presidencial liderada por Afonso Pena. Em 1909, ele assume o cargo presidencial tendo em vista o falecimento do presidente. Apesar de ter ficado pouco tempo no cargo, ele esteve envolvido em importantes discussões ligadas à sucessão presidencial daquela época.

Desde algum tempo, Nilo Peçanha se mostrava favorável à ascensão do marechal Hermes da Fonseca ao mandato presidencial. Os paulistas eram contrários a essa candidatura por tomarem como referência as várias agitações ocorridas durante a República da Espada. Com isso, eles buscaram o nome de Rui Barbosa como uma alternativa capaz de agradar a oligarquia nordestina e os eleitores dos centros urbanos. Os oligarcas mineiros e sulistas abraçavam a candidatura de Hermes da Fonseca.

Pela primeira vez na história, um candidato a presidente, no caso Rui Barbosa, recebeu amplos incentivos para realizar uma campanha que percorreu diferentes estados brasileiros. Por fim, o general Hermes da Fonseca venceu as eleições com uma diferença pequena de votos. Apesar da derrota, o impacto causado pela candidatura de Rui Barbosa indicava que a hegemonia política exercida pelos oligarcas dava seus primeiros sinais de enfraquecimento.

Além dessa intensa disputa, o governo de Nilo Peçanha teve grande importância ao estabelecer o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria. Nessa mesma época, foram dados os passos iniciais para a criação e o desenvolvimento do ensino técnico-profissional no país. Além disso, também devemos assinalar a criação do Serviço de Proteção ao Índio, deixado sob os serviços do tenente-coronel Cândido Rondon.

Afonso Pena

Advogado, nascido na cidade de Santa Bárbara, estado de Minas Gerais, em 30 de novembro de 1847. Durante o Império, ocupou os cargos de ministro da Guerra (1882), ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1883-1884), e ministro da Justiça (1885). Em 1888, integrou a comissão de organização do Código Civil brasileiro. Foi o fundador e o primeiro diretor da Faculdade de Direito de Minas Gerais (1892). Governou o estado de Minas Gerais (1892-1894) e presidiu o Banco da República do Brasil (1895-1898), atual Banco do Brasil. Tornou-se vice-presidente da República do Governo de Rodrigues Alves em substituição a Francisco Silviano de Almeida Brandão, que morreu antes de ser empossado. Por meio de eleição direta, passou a exercer a presidência da República em 15 de novembro de 1906. Faleceu no Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1909, sem concluir seu mandato presidencial.

Período presidencial - O governo Afonso Pena opôs resistência à continuidade da política de valorização do café estabelecida no Convênio de Taubaté. Diante dessa resistência do governo federal e dos demais estados à concretização dos itens desse acordo, o governo do estado de São Paulo, apostando na estratégia de valorização do café, obteve empréstimos em bancos e casas exportadora estrangeiras, alem de conseguir que a União fosse fiadora de um novo empréstimo, viabilizando o financiamento da compra de cerca de oito milhões de sacas de café, quase a metade do total da safra brasileira. Em face do descontentamento dos demais produtores brasileiros, como os de Minas Gerais e da Bahia, Afonso Pena determinou que o Banco do Brasil adquirisse as safras dos cafeicultores, sendo esta a primeira intervenção estatal para a defesa de um produto. A implementação da política de valorização do café ajudou a saldar os compromissos externos e se obter um imenso lucro, revelando o sucesso da primeira iniciativa governamental no comércio.

Afonso Pena deu continuidade ao programa iniciado por seu antecessor, Rodrigues Alves, de reaparelhamento das ferrovias e dos portos, e implementou a reorganização do Exército, sob a supervisão do ministro da Guerra, general Hermes da Fonseca. Durante seu governo, também disponibilizou os recursos necessários, em 1907, para que Cândido Rondon realizasse a ligação do Rio de Janeiro à Amazônia pelo fio telegráfico.

O Brasil e o mundo - Em 1906, os anarquistas criaram a Conferência Operária Brasileira. Foram abertas no país 31 salas de exibição de filmes e inaugurado o Cinematógrafo Pathé, na nova avenida Central, no Rio de Janeiro, atraindo a população carioca que lotava as suas sessões. Nesse ano foram anunciados ao mundo novas invenções: o francês Eugène Lauste patenteou o processo de filmes sonoros para cinema; o professor alemão Arthur Korn realizou a primeira transmissão de telefotos e o canadense Reginald Aubrey Fessenden transmitiu a primeira emissão radiofônica. Na capital federal, em 11 de agosto de 1908, foi inaugurada a Exposição Nacional, comemorando oficialmente o centenário da Abertura dos Portos, com pavilhões e estandes para exibir a produção econômica brasileira. O conjunto arquitetônico montado para o evento oferecia ainda aos seus visitantes restaurantes, teatros, salas de cinema e uma linha férrea para transporte no interior da exposição. Em 29 de setembro, o Brasil perdeu um dos cidadãos mais ilustres, com o falecimento do escritor Machado de Assis, autor de Dom Casmurro, Memórias póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba, entre outras obras, e fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Campos Salles


Manuel Ferraz de Campos Salles nasceu no dia 15 de fevereiro de 1841 em Campinas, então província de São Paulo. Filho de proprietário rurais cafeicultores, formou-se em direito em 1863 e entrou na política quatro anos depois, como deputado provincial.

Em abril de 1873 foi um dos organizadores da Convenção de Itu, na qual foi criado o PRP (Partido Republicano Paulista), que tinha posição claramente definida contra a monarquia e a favor do fim da escravidão. Em 1885, Campos Salles foi eleito deputado-geral pelo PRP.

Eleito presidente da república em 1898, desenvolveu uma política de apoio à agricultura e de valorização do plantio de café. Recusou-se a adotar medidas de proteção à indústria brasileira.

Na política externa, solucionou os conflitos de fronteira entre Amapá e Guiana Francesa e iniciou negociações com a Bolívia para a anexação do território do Acre. Deixou o governo em 1902 e só retornou à vida pública em 1909 para assumir o mandato de senador por São Paulo. Morreu na cidade de Santos, no litoral paulista, no dia 26 de junho de 1913.

Prudente de Moraes

Político paulista (4/11/1841-3/12/1902). É o primeiro presidente civil brasileiro eleito pelo voto popular (1894-1898). Prudente José de Moraes Barros nasce em Itu, no interior de São Paulo, filho de um negociante de animais. Perde o pai com pouco mais de 2 anos, assassinado por um escravo.

Ainda na infância, muda-se com a família para a cidade de Constituição, atual Piracicaba. Em 1863 forma-se em direito, na capital paulista, e volta em seguida para Piracicaba, onde começa a carreira política. É eleito vereador em 1865 e preside a Câmara Municipal.

Em 1868 elege-se deputado provincial pelo Partido Liberal. Adere ao Partido Republicano Paulista (PRP) em 1876. É três vezes deputado da agremiação na Assembléia Provincial e uma vez (1885-1886) na Assembléia Geral do Império. Vota a favor da libertação dos escravos com mais de 65 anos, nesse último ano, afirmando sua convicção abolicionista.

Com a proclamação da República, em 1889, é nomeado governador da província de São Paulo até 1890. Ganha a eleição para o Senado nesse mesmo ano e disputa a Presidência da República com Deodoro da Fonseca, mas é derrotado. Elege-se por voto direto para a sucessão de Floriano Peixoto.

No governo, enfrenta a ocupação da Ilha de Trindade pelos ingleses, pacifica o Rio Grande do Sul, conflagrado pela Revolta Federalista, e vence os rebeldes de Canudos, conflito que abala o país, em 1897. No fim do mandato, gozando de grande popularidade, retira-se para Piracicaba, onde morre.

Floriano Peixoto

Floriano Vieira Peixoto nasceu no dia 30 de abril de 1839 em Maceió, Alagoas. Filho de lavradores pobres, foi criado pelo tio e padrinho, o coronel José Vieira de Araújo Peixoto. Cursou o primário em Maceió e a Escola Militar no Rio de Janeiro, para onde foi mandado aos 16 anos. Revelou distinção e bravura no exército, especialmente na Guerra do Paraguai, da qual participou até o desfecho, em Cerro Corá. Como lembrança, guardou a manta do cavalo de Solano Lopes.

Exercia o papel de ajudante general-de-campo, segundo posto abaixo do ministro do Exército, o visconde de Ouro Preto, quando teve início o movimento republicano em 1889. Recusou-se a fazer parte da conspiração, mas também não se dispôs a combater as tropas republicanas rebeladas.

Com a proclamação da República, ocupou o Ministério da Guerra, em 1890, e foi eleito vice-presidente de Deodoro da Fonseca no ano seguinte. Com a renúncia de Fonseca, assumiu a presidência e governou no regime que ficou conhecido como "mão de ferro" até o final do mandato, em 1894. Venceu um período conturbado por movimentos rebeldes, entre eles
a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro, e a Revolução Federalista, que começou no Rio Grande do Sul e tinha como objetivo destituir Peixoto do poder. Neste movimento, o conflito aconteceu entre republicanos de orientação positivista e liberais, liderados por Silveira Martins, político de destaque durante o Império.

Em sua homenagem o governador catarinense Hercílio Luz decretou a mudança de nome da capital, de Desterro para Florianópolis em 10 de outubro de 1894. Abandonou a carreira política assim que deixou o cargo de presidente. Morreu em Divisa, hoje distrito de Floriano, no município de Barra Mansa, Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1895.

Deodoro da Fonseca

A proclamação da República, em 1889, trouxe à cena do jogo político um poder controlado pelas classes militares. Inspirados pelo discurso positivista, prometiam fazer da hierarquia e rigidez da esfera militar, grandes instrumentos de mudança da ordem política estabelecida. Liderados pelo ex-Ministro da Guerra, Deodoro da Fonseca, a república brasileira foi um misto de transformação e conservadorismo na história política nacional no final do século XIX.

Assumindo o poder provisoriamente, Deodoro anulou os efeitos legais da constituição de 1824 e passou a governar por meio de decretos que acumulavam em suas mãos as funções legislativas e executivas da República. A partir daí, começou a renovar os cargos políticos da nação, instaurar a separação entre o Estado e a Igreja, reformular o Código Penal e criar novos símbolos da renovada nação brasileira.

O acúmulo de poderes nas mãos dos militares já começava a sofrer suas primeiras oposições. Acostumado à subserviência dos ambientes militares, Deodoro não teve grandes habilidades em negociar as questões políticas com diferentes grupos da época. Alguns militares defendiam a instalação de uma ditadura republicana, enquanto outras figuras políticas alertavam sobre a urgência de uma nova Assembléia Constituinte.

Tentando indicar o tom modernizante do novo governo, Deodoro convidou o intelectual Rui Barbosa a ocupar o Ministério da Fazenda. Procurando diversificar o parque industrial do país e consolidar políticas afirmativas para a consolidação do trabalho assalariado, o novo ministro criou uma política monetária conhecida como encilhamento. Essa nova medida concedia liberdade para que os bancos emitissem livremente papel-moeda e oferecia facilidades na obtenção de empréstimos.

Sem maiores experiências no assunto, a gestão de Rui Barbosa casou um impacto negativo na economia nacional. A especulação financeira veio seguida de um volume de moeda sem lastro, ou seja, sem um valor financeiro baseado nas reservas econômicas nacionais. Em pouco tempo o preço dos alimentos subiu vertiginosamente e criou uma crise econômica criticada por toda população brasileira. A derrota no setor econômico representava uma primeira ameaça ao governo de Deodoro da Fonseca.

Não resistindo à pressão dos setores políticos liberais, Deodoro convocou uma Assembléia Constituinte em junho de 1890. Após a convocação de eleições a nova Assembléia aprovou o novo texto constitucional no início de 1891. Além de estabelecer a divisão da República em três poderes, a nova carta ainda destacou-se pela adoção do voto universal masculino, para os maiores de 21 anos alfabetizados. O novo sistema eleitoral excluía os soldados, padres, mulheres e analfabetos.

De acordo com essa mesma constituição, o presidente deveria ser eleito por voto direto. No entanto, um dispositivo legal garantiu que Deodoro fosse eleito indiretamente com o voto da Assembléia. Eleito constitucionalmente, Deodoro agora deveria dividir o poder com o Congresso. A presente crise econômica e a natureza autoritária do presidente pioraram o quadro de tensões daquela época.

Durante a discussão de um projeto que limitava os poderes presidenciais, as divergências entre o Congresso e o presidente só pioravam. Sentindo-se ameaçado em seus poderes, Deodoro resolveu decretar Estado de sítio e dissolver a Assembléia, em novembro de 1891. Estarrecidos com o autoritarismo de Deodoro da Fonseca, vários representantes políticos civis, em sua maioria cafeicultores, começaram a tramar um golpe político.

Autoridades de outros estados também começaram a se mobilizar contra o governo do Marechal. Em Minas Gerais, Pernambuco e no Rio Grande do Sul já existia uma forte oposição pronta para afrontar o presidente. Para agravar a situação, uma greve dos trabalhadores da Estrada de Ferro da Central do Brasil, indicava o reboliço político que tomou de assalto a capital do país.

Sem demora, um grupo de militares insatisfeitos com a desordem política causada por Deodoro resolveu agilizar o golpe. Em 23 de novembro de 1891, o almirante Custódio de Melo comandou uma frota de navios atracados na Baía de Guanabara. Ameaçando bombardear a cidade, os revoltosos exigiram o fim do governo. Sem maior apoio político e adoentado, Deodoro da Fonseca renunciou ao cargo presidencial.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ciro, O Grande

Rei da Pérsia (590/580? a.C.-529 a.C.). Iniciador da dinastia dos aquemênidas, nome que homenageia seu pai, Aquemenes. Educado na infância por pastores e na juventude por um guerreiro, torna-se chefe das tribos da Pérsia (atual Irã), em 548 a.C., ao submeter o povo dos medas, que viviam na mesma região. Busca terras férteis para instalar seu povo, em rápido crescimento populacional.

Ciro, o Grande Funda o Império Persa em 539 a.C., quando conquista o vizinho Império Babilônio, na região que hoje é o Iraque. Considerado mestre da estratégia militar, organiza um exército eficiente, que utiliza a tática de assalto, com arqueiros montados e maciço combate de soldados.

Conquista depois o reino da Lídia, as colônias gregas da Ásia Menor e chega até as margens do rio Indo, na Índia. Respeita os costumes e a religião dos vencidos e com isso garante a estabilidade do império. Sua política de tolerância religiosa com os povos conquistados é mencionada na Bíblia, em que aparece como o soberano que libertou os judeus ao conquistar a Babilônia. É sucedido pelo filho Cambises I, que expande o império ao conquistar o Egito.

Benito Mussolini

Batizado em homenagem ao revolucionário mexicano Benito Juarez, pelo pai, um misto de socialista e anarquista, Mussolini filiou-se ao Partido Socialista aos 17 anos, tornando-se um militante muito ativo. Em 1901, refugiou-se na Suíça para escapar ao serviço militar obrigatório e peregrinou pelos cantões do país, sendo com freqüência expulso de onde se exilava devido à militância anticlerical e antimilitarista.

Em 1904, beneficiando-se de uma anistia, regressou à Itália, prestou o serviço militar e logo tornou-se um expoente do Partido Socialista, cujo jornal, "L'Avanti", fundou e dirigiu. Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, defendeu por um tempo a posição contrária à intervenção no conflito, mas acabou mudando de idéia e, por considerar a guerra uma oportunidade para incitar as massas à revolução, acabou expulso do Partido.

Fundou, em 1919, uma nova publicação, "Il popolo d'Italia" e os grupos de combate a que chamou de "Fasci". A palavra significa "feixe" e alude a um feixe de lenha cujos galhos, isolados, podem ser quebrados, mas não quando estão unidos. O feixe de lenha, usado como cabo de um machado, foi um dos símbolos da Roma antiga. Os grupos de Mussolini reuniam elementos heterogêneos cujas posições políticas iam da esquerda radical ao nacionalismo.

O fascismo cresceu à medida que a situação socioeconômica da Itália se deteriorava. Em 1922, os fascistas promoveram uma "marcha sobre Roma", que levou Mussolini ao poder, recebendo do rei, Vitório Emanuel, o encargo de formar um novo governo. Nos dois anos seguintes, a Itália continuou uma monarquia parlamentarista, mas os fascistas já usavam meios violentos para reprimir seus adversários. Em 1925, Mussolini estabeleceu o regime ditatorial, tornando-se o "duce" (condutor) do país.

Inicialmente, Mussolini aparentava ser um líder anticomunista e, nesse sentido, agradava às potências ocidentais, como a França e a Inglaterra.

Em 1936, porém, deu início a uma política expansionista na África e invadindo a Etiópia. Com isso, acabou por aproximar-se da Alemanha de Hitler - cujas idéias se baseavam nas de Mussolini. Em 1939, ambos os países firmaram uma aliança, conhecida como "Eixo". No ano seguinte, Mussolini colocaria a Itália na guerra, contra a opinião de seus colaboradores mais próximos e malgrado o fato de seu país não estar preparado para o conflito.

Seus fracassos militares deram alento às forças anti-fascistas na Itália. Em 1943, foi deposto e preso pelo rei. Foi libertado, porém, por paraquedistas alemães e levado para junto de Hitler, onde proclamou a fundação do Partido Fascista Republicano. Sob total dependência de Hitler, voltou à Itália e, em Saló, fundou a República Social Italiana (setembro de 43).

Não teve forças para sustentá-la, porém, e a própria Alemanha já não tinha como dar-lhe grande apoio, pois se retirava da Itália, invadida pelos aliados. Mussolini tentou fugir para a Alemanha, juntamente com sua amante, Clara Petacci, disfarçado de soldado alemão. O caminhão em que viajava, porém, foi detido, por homens da resistência italiana e o ditador reconhecido. Mussolini e a amante foram executados e seus corpos, pendurados de cabeça para baixo, ficaram expostos à execração pública.

Leônidas

Leônidas ocupou o trono de Esparta entre 491 a.C. e 480 a.C., como sucessor de seu irmão Cleômenas 1º, cuja filha se tornou sua esposa em 488 a.C.. Uma de suas ações mais importantes se deu por ocasião da invasão da Grécia pelos persas, em 481 a.C.. Defendendo o desfiladeiro de Termópilas, que une a Tessália à Beócia, Leônidas e uma tropa de apenas 7.000 homens, sendo apenas 300 espartanos, conseguiram repelir os ataques iniciais.

Mas Xerxes, rei da Pérsia, foi auxiliado por um pastor local (Efíaltes) que o conduziu por um caminho que contornava o desfiladeiro e cercou o exército inimigo, que decidiu resistir até o fim. Segundo Pausânias, Xerxes ameaçou a defesa grega dizendo: "Minhas flechas serão tão numerosas que obscurecerão a luz do Sol". Leônidas respondeu: "Tanto melhor, combateremos à sombra!".
(Heródoto, que narra o desastre das Termópilas, no seu Livro 7, reporta esta afirmação, não a Leônidas, mas a um tal Dieneces).

Leônidas sabia da traição de Efíaltes. Manteve os espartanos, que durante três dias mataram 20 mil persas e dispensou o restante do exército. Para aqueles que ficaram, ele disse: "Almocem comigo aqui e jantem no inferno". Leônidas sabia que sua morte era certa, mas resolveu morrer lutando porque nenhum espartano voltava fugido para sua cidade. Segundo sua própria filosofia, ou voltava vitorioso ou morto em cima de seu escudo.

Outro motivo era que, se ele fugisse, o restante da Grécia também fugiria. No final, já cercado por seus inimigos, o rei Xerxes deu uma ordem a Leônidas: "Deponham suas armas e se entreguem", Leônidas respondeu: "Venham pegá-las".

Atacados por todos os lados, os espartanos foram massacrados. A cabeça de Leônidas foi cortada e o seu corpo crucificado. Os persas esperam durante dois meses o inverno passar, para continuar a guerra. Quando resolveram voltar, os espartanos restantes formavam o corpo principal do exercito grego. Havia três persas para cada grego, e no final da guerra os persas foram derrotados e expulsos da Grécia.

Abdul Hamid II

Partidário de um governo liberal, Abdul Hamid II introduziu no Império Otomano reformas administrativas e judiciais baseadas no modelo ocidental (Tanzim at, ou movimento reformista), fazendo promulgar em 1876 uma nova Constituição. Depois de alguns fracassos em ações relativas à política externa (Guerra Russo-Turca de 1877-1878, Congresso de Berlim de 1878), impôs uma mudança de rumo à política interna, instaurando novamente um governo autocrático, impedindo as reformas e contemporizando com a violência turca contra as minorias nacionais (massacre sobre a população armênia, 1896). A vitória sobre a Grécia, na seqüência do levante de Creta (1896-1897), representou um triunfo passageiro na sua política externa. Apesar disso, a incapacidade do regime para se renovar provocou uma revolta militar entre os jovens turcos, que forçaram a reintrodução da Constituição de 1876 e a queda final de Abdul Hamid II em 1909.

André Marie Ampère

André Marie Ampère foi um matemático e físico francês. Nasceu em 1775 e morreu em 1836. Sua vida foi marcada por um grande brilho no campo dos conhecimentos. Aos 12 anos, já estava familiarizado com Matemática avançada. Ele viveria, contudo, grandes dissabores familiares: com 18 anos, no período da Revolução Francesa, seu pai foi guilhotinado durante uma sublevação na cidade de Lyon; com menos de 30 anos, perdeu a esposa, com quem estava casado havia pouco tempo. Foi professor de Física e Química, tornando-se depois professor de Matemática em Paris.

Em 1820, o dinamarquês Oesterd apresentou nessa cidade, na Academia Francesa de Ciências, sua descoberta: uma agulha imantada sofria desvio na vizinhança de um condutor metálico percorrido por corrente elétrica. Isso provocou enorme interesse entre os pesquisadores franceses, que se apressaram a investigar mais sobre o assunto. Um dos mais entusiasmados nessa tarefa era Ampère. De fato, apenas uma semana após aquela apresentação ele já conseguia representar, de maneira prática, o fenômeno do desvio da agulha. É o que hoje conecemos como regra de mão direita.

Até então, os fenômenos magnéticos só podiam ser observados com auxílio de materiais magnetizados, como ímãs ou limalha de ferro. Ampère, porém, descobriu outra maneira de mostrar a atração ou repulsão provocada por um fio percorrido por corrente. Para tanto, instalou outro fio eletrificado paralelamente ao primeiro. Quando a corrente percorria ambos no mesmo sentido, eles se atraíam, repelindo-se caso o sentido de uma delas fosse invertido. Ele também pesquisou o magnetismo provocado por uma corrente que percorre um fio disposto em círculo. Concluiu teoricamente que, se o fio estivesse enrolado em espiral, o resultado seria o mesmo produzido por uma barra imantada.

Podemos dizer que suas experiências abriram um novo terreno no estudo dos fenômenos elétricos: o da eletricidade em movimento, ou Eletrodinâmica. Seu trabalho é importante porque não se compõe apenas de descobertas e experimentos, mas porque ali os fenômenos elétricos e magnéticos são também descritos matematicamente. Em 1823, Ampère chegou a afirmar que as propriedades de um ímã eram causados por corrente elétricas diminutas, que circulavam em seu interior. Isso ocorreu mais de setenta anos antes que se conhecessem as partículas elétricas que se movimentam nos átomos, as quais, de fato, são responsáveis pelos campos magnéticos.

Niels Henrik Abel

Niels Henrik Abel nasceu no dia 5 de agosto de 1802 em Finnoy, Noruega, e morreu no dia 16 de abril de 1829 em Froland, Noruega. Ele provou a impossibilidade de resolver algebricamente a equação geral de quinto grau. A vida de Abel foi dominada por pobreza. Depois da morte de seu pai, que era um ministro protestante em 1820, Abel teve a responsabilidade de sustentar sua mãe e sua família. O professor de Abel, Holmboe, reconheceu o talento dele para matemática, arrecadou dinheiro dos seus colegas para permitir a Abel freqüentar a Universidade de Christiania. Ele entrou na universidade em 1821, 10 anos depois da fundação da universidade, e se formou em 1822.

Abel publicou, em 1823, documentos em equações funcionais e integrais. Nestes, Abel dá a primeira solução de uma equação integral. Em 1824 ele provou a impossibilidade de resolver algebricamente a equação geral do quinto grau e publicou isto à seu próprio custo, esperando obter reconhecimento para o seu trabalho. Ele eventualmente ganhou uma bolsa de estudos do governo norueguês para viajar, visitando Alemanha e França.

Abel foi instrumental no estabelecimento de análise matemática em uma base rigorosa. O seu trabalho principal Recherches sur les fonctions elliptiques foi publicado em 1827 no primeiro volume do Diário de Crelle, o primeiro diário dedicado completamente a matemática. Abel conheceu Crelle na sua visita para a Alemanha.

Depois de visitar Paris ele voltou à Noruega com muitas dívidas. Enquanto em Paris ele visitou um doutor que o informou que ele tinha tuberculose. Apesar de sua saúde ruim e pobreza, ele continuou escrevendo documentos em teoria da equação e funções elípticas de importância principal no desenvolvimento da teoria inteira. Abel revolucionou a compreensão de funções elípticas estudando a inversa destas funções.

Abel viajou de trenó para visitar sua noiva no Natal de 1828 em Froland. Ele ficou seriamente doente durante a jornada de trenó e morreu meses depois.

Georg Simon Ohm

Georg Simon Ohm nasceu no dia 16 de março de 1789 na Bavaria (Alemanha), e morreu no dia 6 de julho de 1854 em Munique. Físico e matemático, Ohm foi professor de matemática em Colônia e em Nuremberga. Entre 1825 e 1827, desenvolveu a primeira teoria matemática da condução elétrica nos circuitos, baseando-se no estudo da condução do calor de Fourier e fabricando os fios metálicos de diferentes comprimentos e diâmetros usados nos seus estudos da condução elétrica.

Este seu trabalho não recebeu o merecido reconhecimento na sua época, tendo a famosa lei de Ohm permanecido desconhecida até 1841, quando recebeu a medalha Copley da Royal britânica. Até essa data os empregos que teve em Colônia e Nuremberga não eram permanentes, não lhe permitindo manter um nível de vida razoável.

Trabalhava como professor secundário de Matemática no Colégio dos Jesuítas, em Colônia, mas desejava lecionar na universidade. Para tanto, foi-lhe exigido, como prova de admissão, que realizasse um trabalho de pesquisa inédito. Optou por fazer experiências com a eletricidade, e para isso construiu seu próprio equipamento, incluindo os fios.

Experimentando diferentes espessuras e comprimentos de fios, acabou descobrindo relações matemáticas extremamente simples envolvendo essas dimensões e as grandezas elétricas. Inicialmente, verificou que a intensidade da corrente era diretamente proporcional à área da seção do fio e inversamente proporcional a seu comprimento. Com isso, Ohm pôde definir um novo conceito: o de resistência elétrica. O que significa resistência elétrica? Os elétrons livre que fluem ao longo do fio ou cabo elétrico tem de passar por entre os átomos que o compõe, chocando-se constantemente com eles. Desse modo, o fluxo de elétrons é brecado pela resistência que os átomos opõem à sua passagem.

Em 1827, Ohm conseguiu formular um enunciado que envolvia, além dessas grandezas, a diferença de potencial: "A intensidade da corrente elétrica que percorre um condutor é diretamente proporcional à diferença de potencial e inversamente proporcional à resistência do circuito". Esse enunciado é até hoje conhecido como Lei de Ohm. Essas relações haviam também sido apontadas meio século antes pelo inglês Cavendish, que não as divulgou.

Embora estes estudos tenham sido uma colaboração importante na teoria dos circuitos elétricos e suas aplicações, o cargo universitário almejado por Ohm lhe foi negado. Suas conclusões receberam críticas negativas, em parte porque ele tentou explicar esses fenômenos com base numa teoria sobre o fluxo de calor. Ohm precisou até mesmo se demitir do seu emprego de professor secundário em Colônia, e viveu na pobreza durante os seis anos seguintes. Em 1833, entretanto, ele se reintegrou nas atividades cientificas aceitando um cargo na Escola Politécnica de Nuremberg.

Em 1841, recebeu uma medalha da Royal Society, de Londres, e somente em 1849 Ohm conseguiu tornar-se professor da Universidade de Munique, onde permaneceu por apenas cinco anos, os últimos de sua vida.

Tales de Mileto

Conta-se que Tales, considerado o primeiro pensador do Ocidente, era tão distraído que certa vez ao olhar para céu caiu num buraco, sendo, por isso, chamado de lunático.

Conta-se também que Tales era tão sabido que, prevendo pela meteorologia uma colheita abundante, comprou todos os instrumentos usados para processar a azeitona, arrendando-os tempos depois com um grande lucro. Essas duas anedotas referem-se ao mesmo filósofo - Tales de Mileto - e até hoje servem para ilustrar as relações contraditórias entre a filosofia e a vida prática.

Tales nasceu na Ásia Menor, na antiga colônia grega de Mileto. É considerado o filósofo da physis, a substância natural de que tudo é formado. Sua grande contribuição foi a busca de um princípio único para as coisas da natureza.

Embora não existam fragmentos da obra de Tales, seu pensamento pode ser conhecido a partir da "Metafísica", obra do também filósofo grego Aristóteles.

Segundo alguns historiadores, Tales foi comerciante, o que lhe rendeu recursos suficientes para dedicar-se a suas pesquisas. Tales provavelmente viajou para o Egito e a Babilônia, entrando em contato com astrônomos e matemáticos. Depois de aposentado, passou a dedicar-se à matemática, estabelecendo os fundamentos da geometria.

Atribuem-se a Tales diversas descobertas matemáticas. Além de estudar a geometria do círculo e do triângulo isósceles, Tales demonstrou o cálculo da altura de uma pirâmide, baseado no comprimento de sua sombra.
Segundo o historiador Heródoto, Tales previu a ocorrência de um eclipse solar no dia 28 de maio de 585 a.C. Aristóteles chegou a considerar este o momento do nascimento da filosofia.

Pitagoras

Pitágoras de Samos (séc. VI a C.). Como Tales pode ser chamado pai da filosofia, da ciência e, com maior razão, da matemática – conhecedor dos países do Oriente e de suas sabedorias e “ciências”.
FLASHES DE SUA PRODUÇÃO:
- Teorema: o quadrado da hipotenusa de um triângulo retangular é a soma dos quadrados de seus catetos (Este teorema já era conhecido pelos Babilônios e, talvez, também pelos Indianos. Provavelmente Pitágoras o descobriu independentemente).
- Fundou a primeira escola organizada para cultivar o saber, as artes (música), uma vivência de sabedoria.
- Foi o primeiro a usar a palavra matemática no sentido de hoje.
- O mesmo se pode dizer a respeito das palavras filosofia e cosmos (= ordem do universo, fundamentada sobre relações numéricas, leis universais). Talvez também a palavra música recebeu dele o significado que usamos hoje.
- Representação de corpos geométricos regulares.
- Contribuições básicas para a aritimética e a teoria geral dos números.
- Distinção entre números pares e ímpares.
- Criação de escalas quantitativas de notas musicais.
IMPORTÂNCIA:
- Avanço qualitativo na geometria.
- A racionalidade alcançou um nível mais alto de quantificação e abstração.
- Concepção de ordem como objeto abstrato e, com isso, da sistematização.
- Ênfase e desenvolvimento de uma concepção metafísica da realidade.
- Distinção entre o universal e o singular.
- Construção de relações não empíricas.
- Concepção de que a matemática independe da experiência e da apreensão sensorial.
- Experimentação: por exemplo, comprimento das cordas em relação ao tom, e outras.

Bhaskara

Bhaskara viveu de 1114 a 1185 aproximadamente, na India. Nascido numa tradicional família de astrólogos indianos, seguiu a tradição profissional da família, porém com uma orientação científica, dedicando-se mais à parte matemática e astronômica ( tais como o cálculo do dia e hora da ocorrência de eclipses ou das posições e conjunções dos planetas ) que dá sustentação à Astrologia.

Seus méritos foram logo reconhecidos e muito cedo atingiu o posto de diretor do Observatório de Ujjain, o maior centro de pesquisas matemáticas e astronômicas da India, na época.

Seu livro mais famoso é o Lilavati, um livro bem elementar e dedicado a problemas simples de Aritmética, Geometria Plana (medidas e trigonometria elementar ) e Combinatória. A palavra Lilavati é um nome próprio de mulher (a tradução é Graciosa), e a razão de ter dado esse título a seu livro é porque, provavelmente, teria desejado fazer um trocadilho comparando a elegância de uma mulher da nobreza com a elegância dos métodos da Aritmética. Numa tradução turca desse livro, 400 anos depois, foi inventada a história de que o livro seria uma homenagem à filha que não pode se casar. Justamente essa invenção é que tornou-o famoso entre as pessoas de pouco conhecimento de Matemática e de História da Matemática. Parece, também, que os professores estão muito dispostos a aceitarem estórias românticas em uma área tão abstrata e difícil como a Matemática; isso parece humanizá-la mais.

Ele escreveu dois livros matematicamente importantes e devido a isso tornou-se o matemático mais famoso de sua época. Esses livros são:

Foi só na Era das Fórmulas que iniciaram as tentativas de dar um procedimento único para resolver todas as equações de um grau dado.

Bhaskara conhecia a regra que leva seu nome, porém, a regra não foi descoberta por ele. A regra já era do conhecimento de, no mínimo, o matemático Sridara, que viveu há mais de 100 anos antes de Bhaskara.

Resumindo o envolvimento de Bhaskara com equações do segundo grau:

  • Quanto a equações DETERMINADAS do segundo grau:

No Lilavati, Bhaskara não trata de equações quadráticas determinadas e o que ele faz sobre isso no Bijaganita é mera cópia do que já tinham escrito outros matemáticos.

  • Quanto a equações INDETERMINADAS do segundo grau:

Aí ele realmente fez grandes contribuições e essas estão expostas no Bijaganita. Pode-se dizer que essas contribuições, principalmente a invenção do método iterativo do chakravala e sua modificação do clássico método kuttaka correspondem ao ápice da matemática indiana clássica, podendo-se acrescentar que é somente com Euler e Lagrange que voltaremos a encontrar desenvoltura técnica e fertilidade de idéias de porte comparáveis.

Copernico

Nikolaj Kpernik, conhecido entre nós pelo nome latinizado de Copérnico (figura 1), nasceu em Torun, na Polónia, em 1473. Entrou para o clero e estudou, primeiro, na Universidade de Cracóvia, e mais tarde, em Bologna, na Itália. Em 1501 regressou à Polónia e tornou-se padre de Frombork, que ele mesmo descreveu como sendo "o canto mais longínquo da Terra". Teve uma carreira variada, tendo defendido o seu país nas lutas contra os cavaleiros teutónicos. Também desenvolveu actividades locais como médico e administrador. No entanto, o seu interesse estava na Astronomia.

Desde cedo verificou que a teoria geocêntrica de Ptolomeu, que colocava a Terra no centro do Universo, era complicada e pouco satisfatória. A maior parte do problema podia ser resolvida removendo a Terra da sua posição central e substituindo-a pelo Sol. Esta sua tese está descrita no livro De Revolutionibus Orbium Coelestium (figura 2) relativo ao movimento orbital dos principais corpos celestes conhecidos no seu tempo. A tese poderia estar praticamente completa em 1533, mas Copérnico não a publicou por saber que a Igreja o acusaria de heresia, pois tirar a Terra do centro do Universo ia contra a doutrina oficial.

Finalmente, em 1543, já às portas da morte, concordou com a sua impressão, não se sabendo se chegou a ver a versão impressa. Muitas das ideias de Copérnico estavam erradas e a sua teoria final era quase tão complicada como a de Ptolomeu, mas tinha dado o passo essencial para que os seus sucessores pudessem construir sobre o seu trabalho.

Os maiores argumentos contra o modelo de Copérnico eram de dois tipos relacionados com factos que se observavam/assumiam na época.

O primeiro prendia-se com o facto observacional, que mesmo quando um objecto era atirado ao ar na direcção do Sol, não seguia na sua direcção, da forma que seria esperada se o Sol fosse o centro atractor do "Universo". Este facto, só viria a ser explicado completamente por Isaac Newton.

O outro argumento para aceitar que o sistema era o proposto pelo modelo geocêntrico com uma esfera das fixas, era a inexistência de paralaxe estelar visível. A paralaxe pode ser explicada da seguinte forma: se esticarmos o braço segurando um lápis à vertical e olharmos alternadamente para o polegar com o olho direito e o esquerdo, vamos verificar que o polegar parece mudar de posição em relação à parede do fundo. Quanto mais afastado o lápis estiver dos olhos mais pequeno será o ângulo de paralaxe.

Se a Terra girasse em torno do Sol e as estrelas fixas não estivessem à mesma distância do Sol teria, que observar-se paralaxe quando a Terra estava de um lado e do outro do Sol (como cada um dos olhos está de um lado do nariz), o que não se verificava com os instrumentos da época (essencialmente os olhos). Hoje sabemos que os ângulos de paralaxe são demasiado pequenos (a estrela mais próxima tem uma paralaxe próxima de 1" de arco (Existem 3600" de arco em 1º)).

No entanto, o modelo de Copérnico explicava as retrogradações com uma facilidade notável sem serem necessários quaisquer artificialismos, como se verificava no modelo ptolomaico.

Este foi sem dúvida o maior sucesso do modelo, dado que quando Copérnico quis começar a reproduzir as velocidades de revolução dos planetas, o modelo complicou-se quase tanto como o modelo ptolomaico.

Mikhail Serguéevich Gorbatchov

Estadista soviético (2/3/1931-). Mikhail Serguéevich Gorbatchov nasce em Stavropol, na URSS, e estuda direito em Moscou. Casa-se em 1953 com Raísa Gorbacheva, com quem tem uma filha. Faz carreira no Partido Comunista da União Soviética (PCUS) e, em 1978, é eleito um dos secretários de seu Comitê Central.

Em Moscou torna-se braço direito de Iuri Andropov, o secretário-geral do PCUS. Em 1985 chega a secretário-geral e fortalece seu poder ao renovar a cúpula dirigente do partido. Durante o 27º Congresso do PCUS, em 1986, anuncia a perestroika (em russo, reestruturação) na economia e a glasnost (abertura e transparência) na política.

As reformas são necessárias por causa da situação da economia soviética, à beira do colapso. Gorbatchov transfere parte do poder antes centralizado pelo PCUS para as assembléias das repúblicas que formam a URSS e liberta dissidentes, entre eles o físico Andrei Sakharov.

Mikhail Gorbatchov, Mikhail GorbachevPresidente da República eleito pelo Soviete Supremo em 1989, termina com a Guerra Fria entre a URSS e os Estados Unidos, assinando com o presidente norte-americano, Ronald Reagan, um acordo de destruição de armas nucleares. No ano seguinte, recebe o Prêmio Nobel da Paz.

Em agosto de 1991 sofre uma tentativa de golpe por parte dos setores conservadores, mas retoma o poder em menos de 72 horas. Em dezembro, a URSS vota sua autodissolução, e Gorbatchov renuncia à Presidência. Desde então faz conferências e escreve para vários jornais do mundo.

Osvaldo Aranha

Na primeira sessão especial da Assembléia Geral da ONU, em 1947, Oswaldo Aranha inaugurou a tradição -que se mantém até hoje- de ser um brasileiro o primeiro orador daquele foro internacional.

Oswaldo Euclides de Souza Aranha era um dos 11 filhos do coronel Euclides de Souza Aranha e de Luiza de Freitas Valle Aranha, proprietários da estância Alto Uruguai, no município gaúcho de Itaqui.

Freqüentou a faculdade de direito, aproximando-se dos colegas que se ligavam às oposições, embora o pai fosse do partido situacionista. Manteve também intensa atividade política contra o então presidente da República, marechal Hermes da Fonseca.

Em princípios de 1917, instalou banca em Uruguaiana. Até 1923, dedicou-se quase exclusivamente à advocacia, obtendo alto conceito profissional. Getúlio Vargas (também advogado, formado em 1907) costumava consultá-lo, e os dois chegaram a ter clientes em comum.

Pouco depois de haver fixado residência em Uruguaiana, Aranha casou com Delminda Benvinda Gudolle, com quem teria quatro filhos.

Começou a carreira política como intendente da cidade de Alegrete e depois subchefe de polícia de Porto Alegre e deputado federal. Em novembro de 1927, com a eleição de Vargas para o governo do Rio Grande do Sul, Aranha foi convidado a ocupar a Secretaria do Interior e da Justiça.

Tornou-se um dos principais articuladores da Revolução de 1930, que começou em Porto Alegre em 3 de outubro daquele ano. Uma semana depois, Getúlio Vargas passou o poder do estado para Oswaldo Aranha, antes de rumar para Ponta Grossa (PR), onde estabeleceu seu quartel-general e assumiu o comando das forças revolucionárias em marcha para o Rio de Janeiro, então capital da República.

Em 1931, Aranha tornou-se ministro da Justiça e da Fazenda. Criou o "Esquema Aranha", que se destinava a evitar o aumento da dívida externa e possibilitou uma redução real dos débitos. Foi embaixador em Washington entre 1933 e 1937 e ministro das Relações Exteriores a partir de 1938.

Como chanceler, colocou o Brasil ao lado dos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial, conseguindo importantes vantagens políticas e econômicas que estimularam nossa industrialização.

Em 1947, como chefe da delegação brasileira na ONU, defendeu a criação do Estado de Israel. Sempre preocupado com questões de segurança nacional, promoveu o pan-americanismo e estreitou o relacionamento com a Argentina. No Itamaraty, pôs a diplomacia brasileira no caminho da análise política internacional e destacou a utilização do comércio e demais atividades econômicas como instrumentos da política externa.

Em 1953, a convite de Getúlio Vargas, voltou ao Ministério da Fazenda, onde criou o "Plano Aranha", que visava a agilizar o mecanismo fazendário e fiscal, adotar uma política orçamentária e codificar o direito tributário e a lei orgânica do crédito público.

Após o suicídio de Vargas (agosto de 1954), Oswaldo Aranha afastou-se da vida pública, retornando ao escritório de advocacia. Em 1956, já no governo Kubitschek, foi convidado a participar da delegação brasileira na ONU, mas recusou. No ano seguinte, porém, aceitou novo convite, sendo nomeado chefe da delegação brasileira na 12ª Assembléia Geral das Nações Unidas.

Em 1958, seu nome foi cogitado para concorrer ao Senado, tanto pelo Distrito Federal quanto pelo Rio Grande do Sul. Dois anos depois, concorreu à Vice-Presidência da República na chapa do general Henrique Teixeira Lott, mas veio a morrer em 27 de janeiro.

Lênin

Nascido em 1870 em Simbersk, no médio Volga, Vladimir Ilie Ulianov (dito Lênin) foi o terceiro de seis filhos. Em 1887, seu irmão maior Aleksandr, em um grupo de estudantes niilistas, participou de atentado contra o Tzar. Descoberto, foi preso e executado . Esse trágico acontecimento deixou enorme impressão sobre o jovem Lênin, que se convenceu de que o caminho anarquista não era praticável para abater o tzarismo.

Depois de formado, Lênnin passou a estudar os problemas econômicos da Rússia e passou a ler as obras de Marx e Engels. Convencido da justeza de suas idéias, passou a combater os populistas e, depois de breve estada na Suíça (1895) onde contatou com alguns exilados, entre os quais Plekanov, voltou para a Rússia, com a intenção de dar vida ao Partido Social Democrata Rússio. Entretanto, foi preso e deportado para a Sibélia, onde ficou três anos.

Em 1909, Lênnin consegue sair do país, ficando durante cinco anos na Europa Ocidental. Em 1903 o Partido Social Democrata Rússo realizaou um congresso em Bruxela e a corrente de Lênnin conseguiu se impor, ainda que por pequena margem. Desde então, essa corrente passou a ser chamada Bolchevique (Bolche em Russo significa "de mais"), ao passo que o grupo adversário passou a ser chamado de Menchevique (Menche significa "de menos").

A falência da Revolução de 1905 obrigou Lênnin a fugir novamente da Rússia. Mas em 1917 foi protagonista da Revolução de Outubro. Eleito presidente do conselho dos comissários do povo, levou a fundo a sua batalha contra todos os adversários da Revolução, embora em certo momento tenha sido obrigado a reintroduzir os mecânismos da econômia de mercado ( A NEP, Nova Política Econômica). Caindo doente em 1922, morreu em 21 de Janeiro de 1924.

Tsai, Lun

é o inventor do papel. He lived and served as an official at the Chinese Imperial Court at the Han Dynasty in China at about 1800 years ago. Ele viveu e trabalhou como funcionário da corte imperial chinesa na Dinastia Han, na China, cerca de 1800 anos atrás. In or about the year 105 AD, he presented Emperor Han Ho Ti with samples of paper. Em torno do ano 105 dC, ele apresentou o Imperador Han Ho Ti com amostras de papel. Chinese records do mention and credit Tsai, Lun with the invention of paper. Registros chineses fazem menção de crédito e Tsai, Lun com a invenção do papel. His name is well known in China. Seu nome é bem conhecido na China.

Tsai, Lun was a eunuch. Tsai, Lun era um eunuco. Because he was an officer, he had the access to lots of resources, including money and human resources, for papermaking research. Porque ele era um policial, ele teve o acesso a muitos recursos, incluindo dinheiro e de recursos humanos, para a investigação papel. He was promoted by the Emperor for his invention and became wealthy. Ele foi promovido pelo Imperador para a sua invenção e se tornou rico. Later he got involved in palace intrigue, which led to his downfall. Mais tarde, ele se envolveu em intrigas palacianas, o que levou à sua queda. Finally he ended his life drinking poison. Finalmente, ele terminou sua vida bebendo veneno.

It's hard to imagine how the world be like without paper. É difícil imaginar como o mundo seria como sem papel. In China, before Tsai, Lun, books were made of bamboo, which were heavy and clumsy. Na China, antes, Tsai Lun, os livros eram feitos de bambu, que foram pesados e desajeitados. Some books were made of silks, which were very expensive. Alguns livros foram feitos de seda, que eram muito caros. In the West at that time, books were made of sheepskin or calfskin. No Ocidente, naquela época, os livros eram feitos de pele de carneiro ou bezerro. Tsai, Lun improved the technology of making paper from sesame fiber. Tsai, Lun melhorou a tecnologia de fabricação de papel de fibra de gergelim. He used recycleable meterials such as bamboo, tree skin and shabby cloth to make paper. Ele usou meterials reciclado como bambu, árvore de pele e tecido gasto para fazer papel. The technique of papermaking was kept as a secret for five centuries in China. A técnica de fabricação de papel foi mantido em segredo durante cinco séculos na China. In 751, some Chinese papermakers were captured by Arabs, and later paper was produced in the Middle East. Em 751, alguns papeleiros chineses foram capturados pelos árabes e, posteriormente, papel foi produzido no Oriente Médio. The arts of papermaking gradually spread and in the twelfth century the Europeans learned the arts from the Arabs. A arte da fabricação de papel e gradualmente espalhou no século XII, os europeus aprenderam as artes dos árabes. Paper became the most common writing material in the West. Livro tornou-se o material de escrita mais comum no Ocidente.

Today, paper is the most commonly used materials in human life, not just as a medium of communication. Hoje, o papel é o material mais utilizado na vida humana, não apenas como um meio de comunicação. Tsai, Lun's contribution to civilization is priceless! Tsai, Lun contribuição para a civilização é impagável!

Pablo Picasso

Um dos grandes gênios da pintura contemporânea, filho de um professor de Desenho e Pintura, deslocou-se ainda jovem para Barcelona, onde estudou Belas-Artes e pintou seus primeiros quadros de tendência acadêmica, entre os quais se destaca Ciência e Caridade (1897). No início do século XX, partiu para Paris, cidade em que se instalou em 1904 e onde recebeu a influência de Gauguin e Toulouse-Lautrec (período azul, com obras de tema popular, e período rosa, centrado no mundo do circo). Na primavera de 1907, pintou na capital francesa As Senhoritas de Avignon, quadro com que rompe com a profundidade espacial, ao representar as figuras numa simultaneidade de planos, e inicia, assim, seu período cubista. Entre 1908 e 1911, desenvolveu sua fase analítica por meio da decomposição das formas, especialmente de paisagens como as de Horta d'Ebre, ao mesmo tempo que reduz a sua gama cromática aos cinzentos. Em 1912, interessou-se pela técnica da colagem: Natureza Morta com Cadeira de Palha, com que inicia também sua passagem para o cubismo sintético, no qual prevalece a reconstrução do objeto através de seus planos essenciais. Ao mesmo tempo, sua gama cromática amplia-se de novo, como se observa em Natureza Morta Dentro de uma Paisagem (1915). Depois de passar por uma fase realista e outra com influências surrealistas, a guerra civil imprimiu uma marca profunda em sua produção. Assim, o bombardeamento da cidade de Guernica levou-o a criar Guernica, exposto no pavilhão espanhol da Exposição de Paris em 1937, como protesto pela violência sem sentido da guerra, sentimento também expresso no quadro Matanças na Coréia (1950). A partir de 1947, interessou-se especialmente pela cerâmica e pela reelaboração de obras clássicas: Mulheres de Argel, de Delacroix (1955), As Meninas, de Velásquez (1957), ou Merenda Campestre, de Manet (1960).

Antoine Laurent Lavoisier

Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794)
Químico francês, do século XVII. Suas pesquisas abriram caminho para a fundação da química moderna. Participou da comissão encarregada de estabelecer o Sistema Métrico. Deve-se a ele o conhecimento da composição do ar e a descoberta da ação do oxigênio bas combustões. Provou a lei da indestrutibilidade da matéria, criando a sua lei que diz que nada pode ser criado, nem destruído, mas apenas sofrer transformações químicas.
Durante a Revolução Francesa, empenhou-se em medidas reformistas que modificam as próprias bases da sociedade, e essa inabilidade política levou-o a ser guilhotinado.

Charles Darwin

O biologista e naturalista Charles Darwin nasceu na Inglaterra e viveu de 1809 a 1882. Durante um período de cinco anos, ele colaborou com pesquisas realizadas nas costas e em ilhas da América do Sul, Austrália eNova Zelândia. Ficou surpreso com o grande número de espécies de plantas e de animais que, até então, eram desconhecidos. O que lhe chamou mais atenção foram as incontáveis diversidades de tentilhões, que só conheceu na ilha dos Galápagos, situada na costa ocidental da América do Sul. Durante os cinco anos que ele permaneceu nessa viagem científica, e também depois, o naturalista buscou descobrir a razão da grande diversidade de plantas e animais.

No ano de1859, na certeza de ter a encontrado a resposta aos seus questionamentos, ele escreveu o livro: A Origem das Espécies. Posteriormente, Darwin escreveu outra obra: A Descendência do Homem, nesta ele manifestou suas idéias sobre o surgimento da raça humana no planeta Terra. Seus dois livros geraram debates e muitas controvérsias na época, contudo, hoje em dia, muitas de suas idéias são aceitas pela ciência.Ele acreditou que a razão de existir pequenas diferenças na descendência, tanto das plantas como dos animais, fazem com que certas espécies vivam mais tempo do que outras. No caso das que possuem vida mais longa, estas gerarão mais descendentes, e este fato permitirá o aparecimento gradual de novos tipos de variações.

Euclides

Viveu na Alexandria cerca de 300 a.C. A par de Arquimedes e de Apolónio, é um dos três maiores matemáticos da Antiguidade grega e, sem dúvida, de todos os tempos. Pouco sabemos acerca dele. No entanto, é certo ter fundado em Alexandria, durante o reinado de Ptolemeu 1 (306-283 a.C.), uma escola de geometria que foi a mais importante da Grécia.
Segundo consta, teria vivido entre 330 a 275 a.C. A obra máxima de Euclides é os Elementos. Foi o livro que, depois da Bíblia, teve maior tiragem. Ainda hoje, os manuais de geometria usados nas escolas são frequentemente versões modificadas do texto euclidiano Quanto aos restantes livros escritos por Euclides apenas conhecemos alguns breves resumos feitos pelos comentadores um pouco mais tarde (em particular por Proclo). Lembremos, contudo, os Porismas, em que Euclides desenvolve os teoremas de geometria que presentemente qualificamos de teoremas de geometria projectiva. Os Lugares à Superfície a as Cónicas, que parece conterem já algumas das conclusões expostas mais tarde por Apolónio e, por fim, as obras sobre a Óptica e a Catóptrica.
Viveu na Alexandria cerca de 300 a.C. A par de Arquimedes e de Apolónio, é um dos três maiores matemáticos da Antiguidade grega e, sem dúvida, de todos os tempos. Pouco sabemos acerca dele. No entanto, é certo ter fundado em Alexandria, durante o reinado de Ptolemeu 1 (306-283 a.C.), uma escola de geometria que foi a mais importante da Grécia.
Segundo consta, teria vivido entre 330 a 275 a.C. A obra máxima de Euclides é os Elementos. Foi o livro que, depois da Bíblia, teve maior tiragem. Ainda hoje, os manuais de geometria usados nas escolas são frequentemente versões modificadas do texto euclidiano Quanto aos restantes livros escritos por Euclides apenas conhecemos alguns breves resumos feitos pelos comentadores um pouco mais tarde (em particular por Proclo). Lembremos, contudo, os Porismas, em que Euclides desenvolve os teoremas de geometria que presentemente qualificamos de teoremas de geometria projectiva. Os Lugares à Superfície a as Cónicas, que parece conterem já algumas das conclusões expostas mais tarde por Apolónio e, por fim, as obras sobre a Óptica e a Catóptrica.

Aristoteles

Notável filósofo grego, Aristóteles (384 - 322 a.C.), nasceu em Estágira, colônia de origem jônica encravada no reino da Macedônia. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas, gozou de circunstâncias favoráveis para seus estudos.
Em 367 a.C., aos seus 17 anos, foi enviado para a Academia de Platão em Atenas, na qual permanecerá por 20 anos, inicialmente como discípulo, depois como professor, até a morte do mestre em 347 a.C.
O fato mesmo de ser filho de médico poderá ter dado a Aristóteles o gosto pelos conhecimentos experimentais e da natureza, ao mesmo tempo que teve sucesso como metafísico.

Depois da primeira estadia em Atenas, ausentou-se por 12 anos, com uma permanência inicial na Ásia menor, onde se dirigiu, ainda solteiro, para uma comunidade de platônicos estabelecida em Assos (Trôade). Ali reinava então sobre Assos e Atarneo, o tirano Hérmias, um eunuco, em cuja corte passou três anos. Casou então Aristóteles com Pítias, irmã de Hérmias. Morto este pelos persas, retirou-se Aristóteles para Mitilene. Depois do falecimento de Pítias, se casará com Hérpilis, da qual nascerá Nicômaco, a quem dedicará posteriormente o livro Ética a Nicômaco.
Entrementes, importantes transformações estavam a ocorrer no mundo helênica, que então se unificou.
Felipe II (rei da Macedônia de 356 a 336 a.C.) desenvolveu o país e criou um exército poderoso. Sucessivamente foi anexando as cidades gregas, aproveitando as velhas discórdias, derrotando finalmente Atenas e Tebas, em Queronéia (338 a.C.). Reuniu as cidades gregas em uma liga, sob sua direção, no Congresso de Corinto (337 a.C.), pregando sempre a guerra contra o então grande Império Persa, que já há mais de um século ocupava as cidades gregas da Ásia Menor.


Ofereceu-se também uma nova oportunidade a Aristóteles, que foi chamado em 343 ou 342 para a corte do rei Felipe II, em Pela, como educador de seu filho Alexandre (356-323 a.C.). Mas ficou nesta função somente dois anos, depois dos quais aconteceu o totalmente inesperado, - o assassinato do rei Felipe II.
Foi assim que já cedo o jovem Alexandre deveu assumir o trono, em 336 a.C., com apenas 20 anos. Atravessando o Bósforo, partiu em 334 a.C. para a conquista do império persa. Foi de um sucesso espetacular, vencendo a Dario, na Batalha de Granico. Completou sua façanha, indo até a Índia. Estabeleceu sua capital em Babilônia. No Egito fundou a Alexandria, que logo passou à ser um grande centro de cultura. Estava mudada a estrutura política do então mundo conhecido, o que não demoraria a ter repercussão na filosofia.

Sem função na Macedônia, voltou Aristóteles para Atenas, pelo ano 335 a. C., com Teofrasto, outro homem notável pelo saber.
Auxiliado sempre por Alexandre que o prestigiava, Aristóteles fundou o Liceu (cerca de 334 a.C.) no ginásio do templo de Apolo Liceu (Liceu é referência ao local do templo). Onde criou escola própria no ginásio Apolo Liceu.
Em pouco mais de dez anos de atividade, fez Aristóteles de sua escola um centro de adiantados estudos, em que os mestres se distribuiam por especialidades, inclusive em ciências positivas.

Falecido Alexandre prematuramete em 323 a.C., com apenas 13 anos de reinado, recrudeceu o sentimento antimacedônico em Atenas, com Demóstenes ativando o partido nacionalista, a situação se tornou difícil para Aristóteles.
Além disto, sua filosofia de idéias objetivas não poderia escapar à reação do sacerdote Eurimedote, que o acusava de impiedade. Teve, então, Aristóteles de optar por retirar-se de Atenas, deixando o Liceu sob a direção de Teofrasto.

Oculto em uma sua propriedade em Cálcis, de Eubea, ali morreu já no ano seguinte aos 62 anos. Mas o Liceu teve continuidade, como também a Academia de Platão
Uma notícia diz que Aristóteles, o mais ilustre dos discípulos de Platão, "tinha a voz débil, pernas delgadas e olhos pequenos; que vestia sempre com esmero, levava anéis e cortava a barba".

A estátua, que dele se conserva, o apresenta com a testa e a cabeça menor, que a de Platão; cabelo aparado, sem ser calvo como Sócrates; barba não alongada; boca pequena, entre lábios finos. Tal foi o maior dos mestres.
O nome Escola Peripatética derivou do uso de Aristóteles haver dado lições em amena palestra, ao mesmo tempo que passeava pelos caminhos do ginásio.

OBRAS DE ARISTOTELES

Obras de Lógica ou Organon: incluem Categorias, Sobre a Interpretação, os Analíticos ( Primeiros e Segundos) e os Tópicos.

Obras sobre física e a concepção do universo: compreendem Física, Sobre o Céu, Sobre a Geração e a Corrupção e Meteorológicos.

Obras psicológicas e biológicas: abrangem Sobre a Alma, além de pequenos textos reunidos sobre o título de Parva Naturalia e História dos Animais ( com partes de autoria duvidosa).

Tratados de metafísica: Andronico denominou Metafísica (literalmente "depois da física) a estas partes dos apontamentos de Aristóteles.

Obras ético-políticas: compreendem a Ética a Eudemo (organizados por Eudemo, discípulo de Aristóteles), a Ética a Nicómaco (organizada por Nicómaco, filho de Aristóteles), a Grande Moral ( de autoria duvidosa), a Política e a Constituição de Atenas.

Obras sobre a linguagem e a estética: incluem a Retórica e Poética.

Principais Domínios de Investigação

Toda a sua filosofia assenta numa observação minuciosa da natureza, da sociedade e dos indivíduos, organizando de uma forma verdadeiramente enciclopédica. A sua ideia fundamental era a de tudo classificar, dividindo as coisas segundo a sua semelhança ou diferença, obedecendo a um conjunto de perguntas muito simples: Como é esta coisa ? (o género). O que é que a difere doutras que lhe são semelhantes? ( a diferença). A partir daqui começava a hierarquizar todas as coisas, de uma forma tão ordenada que até então nunca ninguém conseguira fazer.

Lógica: o primeiro sistema lógico, que permitiu estabelecer um conjunto de princípios e regras formais por meio das quais se tornou possível distinguir as conclusões falsas das exactas. Na Idade Média os seus escritos sobre lógica foram os manuais mais importantes usados nas universidades, sobretudo na forma que lhes deu o filósofo português Pedro Hispano ( Papa João XXI).

Física: a física era a chave da natureza das coisas, não apenas da forma como se comportavam no presente, mas também no que pontencialmente viriam a transformar-se. Quanto à constituição das coisas defendia a teoria dos quatro elementos: agua, terra, fogo e ar. Os corpos celestes, com excepção da terra, eram constituídos por um quinto elemento puro e incorruptível. O universo é concebido de forma hierarquizada, tendo no centro a terra, girando à sua volta todos os corpos celestes.

Biologia: recusando a separação das ideias da natureza, como fazia Platão, Aristóteles, apontou como tarefa para o investigador a de descobrir e classificar as formas do mundo material. Os últimos 12 anos da sua vida foram preenchidos com esta tarefa. Partindo de uma observação sistemática dos seres vivos, e não desdenhando estudar vermes ou insectos, registou perto de 500 classes diferentes de animais, dos quais dissecou aproximadamente 50 tipos. Foi o primeiro que dividiu o mundo animal entre vertebrados e invertebrados; sabia que a baleia não era um peixe e que o morcego não era um pássaro, mas que ambos eram mamíferos.

Política: a sua primeira preocupação foi a elaborar uma listagem tão completa quanto possível sobre os diferentes modelos políticos que existiam no seu tempo. Enumerou um total de 158 constituições de cidades ou países diferentes. Partindo da sua diversidade procurou depois as suas semelhanças e diferenças, pondo em evidência o que constituía a natureza de cada regime. Evitou, quanto pode, mostrar as suas preferências por um ou outro regime político.